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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PAPA EXORTA AOS PÁROCOS DE ROMA A NÃO CEDEREM ÀS OPINIÕES DO MUNDO

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 24-02-2012, Gaudium Press) Na manhã de quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, realizou-se o tradicional encontro quaresmal de Bento XVI com os párocos romanos. A ocasião foi uma oportunidade para o Pontífice proferir uma lectio divina que foi toda ela centralizada no capítulo quarto da Carta de São Paulo aos Efésios.
"Devemos estar atentos à voz do Senhor"
O Papa exortou os sacerdotes a serem humildes, a terem união, a terem cuidado com o analfabetismo religioso e a não cederem às opiniões do mundo.
Esta é a oportunidade que o Bispo de Roma tem para se encontrar com os párocos de sua diocese. Um evento tradicional que se realiza todos os anos no início do período quaresmal onde é oferecido aos sacerdotes uma ocasião de renovação na fé.
Bento XVI expressou sua alegria ao ver tantos párocos reunidos e definiu-os como sendo "um forte exército de Deus", pronto para as batalhas do nosso tempo. E, então, seguindo o texto da Carta de São Paulo deteve-se na parte em que o Apóstolo trata do chamado ao sacerdócio, quando afirmou:"O grande sofrimento da Igreja de hoje na Europa e no Ocidente é a falta de vocações sacerdotais, mas o Senhor chama sempre, falta é a escuta."
Eis porque - acrescentou - "devemos estar atentos à voz do Senhor" e ser capazes de aceitar esse chamado. E ainda ressaltou que ser fiéis ao chamado do Senhor implica viver virtudes necessárias, em particular a humildade, a mansidão e a magnanimidade.
Humildade e Unidade
O Santo Padre alongou-se ao tratar da humildade. Ser cristão significa superar a "tentação original", a soberba que é "a raiz de todos os pecados" - lembrou ele.
E suas palavras foram logo acompanhadas de uma exortação: "Aceitar isso, aprender isso e assim aprender, aceitar a minha posição na Igreja, o meu pequeno serviço como grande aos olhos de Deus. E justamente essa humildade, esse realismo nos torna livres."
O Pontífice mostrou também que a divisão da Igreja deriva da falta de humildade. Se não somos humildes - advertiu - somos também divididos: "A ausência da humildade destrói a unidade; a humildade é uma virtude fundamental da unidade e somente assim cresce a unidade do Corpo de Cristo: somente assim tornamo-nos realmente unidos e recebemos nós a riqueza e a beleza da unidade."
Analfabetismo religioso
Bento XVI prosseguiu com sua lectio divina tratando da falta de conhecimento da fé, do "analfabetismo religioso" que, segundo o Papa, é um outro grande problema da Igreja atual: "...com esse analfabetismo não podemos crescer, a unidade não pode crescer. Por isso devemos nós mesmos apropriar-nos novamente desse conteúdo como riqueza da unidade, e não como um pacote de dogmas e de mandamentos, mas como uma realidade única que se revela na sua profundidade e beleza."
Daí, disse o Santo Padre, a importância do Ano da Fé. E fez votos de uma renovação catequética a fim de que a fé "seja conhecida", Cristo "seja conhecido".
Onipotência e "fé adulta"
Logo em seguida, Bento XVI criticou aqueles teólogos segundo os quais Deus não seria onipotente porque existe o mal no mundo: "no final a força do mal desaparece, somente Deus permanece", e essa é a nossa esperança: "Que a luz vence, o amor vence".
O Papa ainda reiterou que os cristãos não são violentos e que não se pode relacionar a defesa da verdade ao recurso à violência.
Na parte conclusiva da lectio divina, o Pontífice observou que nestes últimos dez anos se recorreu à fórmula "fé adulta", querendo dizer com isso uma fé "emancipada" do Magistério da Igreja: "Mas o resultado não é uma fé adulta, o resultado é a dependência das ondas do mundo, das opiniões do mundo, da ditadura dos meios de comunicação, da opinião que todos têm e querem. Não é verdadeira emancipação."
O Santo Padre observou que a verdadeira emancipação é, ao invés, justamente libertar-se dessa "ditadura" das opiniões do mundo.
Somente "na liberdade dos Filhos de Deus que creem juntos no Corpo de Cristo" somos verdadeiramente livres e capazes de responder aos desafios do nosso tempo - concluiu.
"Escolhido por Deus"
Durante o encontro Bento XVI entregou aos párocos o texto intitulado "Escolhido por Deus para os homens", publicado pelas Edições Paulinas com uma apresentação do Cardeal Vigário do Papa para a Diocese de Roma Agostino Vallini.
Trata-se - disse o purpurado - de uma "regra de vida", fruto do Ano Sacerdotal. Um traço espiritual, um guia ideal oferecido a todos os sacerdotes romanos "a fim de que cresçam na alegria da vocação comum e na unidade do sacerdócio". (JSG)

Publicado em 27/02/2012 no "site" da Editora Cléofas - Professor Felipe Aquino






NENHUMA FORMA RELIGIOSA FOI TÃO PERSEGUIDA QUANTO O "CRISTIANISMO", AFIRMA O ARCEBISPO DE SEVILHA.

Sevilha (Sexta-feira, 24-02-2012, Gaudium Press) Em intervenção feita recentemente durante inauguração da 5ª Jornadas Católicas e Vida pública, em Sevilha, na Espanha, o arcebispo local, Dom Juan José Asenjo, comentou a respeito dos milhões de cristãos que padecem em todo o mundo em razão da intolerância religiosa.
Segundo o prelado, a cada cinco minutos se assassina um cristão no mundo por causa de sua fé e a cada ano, 105 mil são condenados ao martírio. Trata-se de "um verdadeiro holocausto de que ninguém fala", declarou. Dom Juan José Asenjo destacou que a situação dos cristãos tem piorado na mundo inteiro, mas especialmente nas regiões onde o fundamentalismo islâmico tem ganho força.
A respeito da Europa e, particularmente, da Espanha, Dom Asenjo declarou que não há situações de intolerância religiosa como aquelas vistas em outros países. Contudo, segundo ele, há limitações desta ordem bem mais obscuras. Como exemplo, o bispo citou o caso da retirada de símbolos religiosos em escolas, hospitais, e lugares públicos.
Tal fato é "uma contradição em uma sociedade que quer ser mais aberta, plural e tolerante, mas a tolerância não se constrói sobre a prévia aniquilação dos símbolos da fé, mas sobre sua respeitosa aceitação como expressão das crenças e da fé religiosa que deu vida e sentido à historia de nossas comunidades e nosso povo".
Como exemplo da intolerância religiosa na Espanha, Dom Asenjo também se referiu à "violação da liberdade religiosa" suposta pela assinatura Educação para a Cidadania, ou a recente decisão do Governo basco de proibir a emissão de uns spots publicitário na televisão autônoma, nos quais se anima os pais a inscrever para seus filhos em aulas de religião.
Para o arcebispo de Sevilha estas iniciativas têm raízes históricas que se condensam em "um ódio ao cristianismo e a Igreja, mais além do que pretextos possíveis e mais ou menos inverossímeis que os historiadores acrescentaram para justificar estas condutas".
Por fim, fazendo sua defesa final, Dom Asenjo afirmou que fora o cristianismo nenhuma outra forma religiosa foi tão perseguida "com a sanha e o rancor com que tem sido perseguido o cristianismo ao longo de 20 séculos em todas as latitudes geográfica".
As 5º Jornadas Católicas e Vida pública foram realizadas entre 17 e 19 de fevereiro sob o lema geral "Liberdade religiosa e vida pública".

Publicado em 27/02/2012 no "site" da Editora Cléofas - Professor Felipe Aquino

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO: ENTRAMOS COM JESUS NO DESERTO

Estamos no tempo quaresmal. Tempo de conversão, de oração, de penitencia, de caridade.
Entramos com Jesus no deserto. Nosso deserto. E no deserto o que mais podemos pensar senão entrarmos em oração e em sintonia com Deus!?
YOUCAT 501: O que é oração vocal? Orar é, antes de tudo, elevar o coração a Deus. Não obstante, o próprio Jesus ensinou a orar com palavras. No Pai Nosso, Ele nos deixou, como seu testamento e modelo, a oração vocal perfeita. Na oração colocamos nossa lamentação, nosso pedido, nosso louvor e nosso agradecimento. As orações vocais mais freqüentes são, os salmos da Bíblia, o Pai Nosso, a Ave-Maria, que nos levam aos verdadeiros conteúdos da oração livre e íntima.
Convido todos para que iniciem essa Quaresma com a decisão de que rezem com palavras, não só em pensamento.
Deus os abençoe.
Padre Élcio Antônio

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO: Hoje QUARTA-FEIRA DE CINZAS ...

Estou retornando a partilhar com vocês alguns pensamentos. Hoje QUARTA-FEIRA DE CINZAS ... muitos brincaram carnaval, espero que tenha sido apenas brincadeira sadia, e por isso iniciamos o Tempo da Quaresma cumprindo um mandamento da Igreja que pede que não se coma carne e que se faça jejum. Nunca foi e nunca será tão difícil que não se possa cumprir. E porque não caminharmos até uma Igreja católica para recebermos a cinza sobre nós?, Cônscios que somos pó e para o pó voltaremos e que nossa alma pela nossa mortificação alcançará salvação! Deus seja louvado e a benção DELE a todos ... Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Padre Élcio Antonio.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TEMA DE ESTUDOS PARA FEVEREIRO DE 2012 - ORAÇÃO INSUFICIENTE, FÉ VACILANTE

(As pessoas que não rezam, ou que rezam pouco, são como esse anêmicos aos quais os médicos dizem: “Você está sem defesas, na primeira epidemia vice será atacado.”)

A grave doença que faz estragos na cristandade começa a contagiar nosso Movimento.
O tempo que, durante as diversas reuniões, deveria ser dedicado a rezar juntos, a descobrir as “mirabilia Dei” (de que nos fala a liturgia dos dias de Pentecostes), em meditar as “insondáveis riquezas de Cristo”, em ajudar-nos mutuamente para melhor servir a nosso Deus, em uma palavra, a viver um cristianismo mais autêntico, mais gozoso e alegre, este tempo é frequentemente desperdiçado pondo mil coisas em julgamento: a autoridade do Papa, as regras da moral conjugal, o celibato dos Sacerdotes, a presença real, a ressurreição de Cristo, a virgindade de Maria, etc., etc., etc., e a Carta Fundacional das Equipes, e as obrigações do Movimento e as orientações do Centro Diretor.
Sim, trata-se verdadeiramente de uma enfermidade, uma doença da fé que, por outro lado, com frequência não deixa o psiquismo incólume: um médico do movimento, membro de uma equipe de Setor, me dizia que estava espantado pela multiplicação de desordens psíquicas e depressões nervosas tanto entre casais cristãos como entre os outros. E não e o único. Os membros de um congresso médico discutiam intensamente sobre o que lhes parecia ser um grave sintoma que fazia temer o pior para “o equilíbrio individual e o equilíbrio social: o aumento do índice de agressividade” entre os nossos contemporâneos.
O que chamo de “enfermidade da fé” não é a única explicação destas desordens psíquicas. O enorme excesso de trabalho profissional, o erotismo do ambiente, o “descontrole sexual”, a ansiedade provocada pelas leituras da imprensa, etc., e, com frequência entre os melhores, uma abnegação que os conduz a uma excessiva fadiga ao serviço das tarefas da Igreja e da cidade são outras tantas causas das desordens que assinalamos. Mas eu creio que a anemia da fé é, de longe, a causa principal ou pelo menos a explicação de sua falta de resistência às agressões procedentes do exterior.
Esta anemia da fé e seus efeitos sobre o equilíbrio individual e a vitalidade dos movimentos cristãos, tem uma explicação: o abandono muito generalizado da oração. Quarenta anos de ministério sacerdotal, de direção espiritual não me deixam a menor dúvida: as pessoas que não rezam ou rezam pouco são como esses anêmicos aos quais os médicos dizem: “Você está sem defesas; na primeira epidemia Você será atacado.”
E se seu Movimento começa a se contagiar, deve-se isso a que muitos membros não rezam: as sondagens revelam que uns 48% dos quadros não permanecem fiéis aos 10 minutos de oração cotidiana e que poucos são os membros que, depois de terem sido responsáveis, conservam o hábito da oração. Será que nossas equipes deixaram de ser escolas de oração? Porém, este é um aspecto essencial de sua razão de ser. Quando rememoro as lembranças das primeiras equipes, volto a encontrar esta necessidade, essa alegria de rezarem juntos que animava os casais. É verdade que, então, tínhamos guerra, privações, ameaças, medo, prisões e deportações... E agora a vida está fácil, ou em outras palavras, ou em outras palavras, a vida apresenta dificuldades da vida fácil.
Se as Equipes de Nossa Senhora não fossem “escolas de oração”, não tardariam em se esgotar e claudicar.
Paradoxal! No momento em que tantos cristãos já não escutam a Cristo que são convidados à oração, à vigilância na oração, à oração atuante, alguns médicos, psicólogos, frequentemente agnósticos, dão o sinal de alarme. Esta semana, caíram em minhas mãos dois artigos que aparecem na imprensa. Dois médicos célebres declaram que as sociedades declinam infalivelmente à degeneração quando desaparece a prática da oração pessoal (do tipo meditação ou prece), qu a influência da oração sobre o organismo humano pode ser medida e demonstrada, assim como a secreção das glândulas: graças a ela o psiquismo adquire controle, unidade, equilíbrio, desenvolvimento. Eles afirmam que a oração é um fator essencial da maturação da personalidade. E, apesar disso, muitos são os discípulos de Cristo que “questionam” a necessidade da oração. Dizia-me, antes de ontem, um dirigente de um movimento católico: “Quando alguém tem responsabilidades como as minhas, onde arranjar tempo para rezar?”.
Outro paradoxo: enquanto nas comunidades e assembleias cristãs se esquece o ensino da ciência e da arte da oração e o mesmo ocorre em mais de um convento, nossas cidades populosas se vêem invadidas por <>, monges budistas que abrem escolas de meditação, obtém enorme sucesso. Vemos como acodem ali cristãos, leigos, sacerdotes e religiosas, que vão buscar o que já não encontram na comunidade cristã.
Compreenderão todos os membros do Movimento (existem os que compreendem admiravelmente) que antes de tudo, é necessário aprender a rezar, que uma Equipe de Nossa Senhora deve ser em primeiro lugar uma escola de oração, que é anormal para um cristão evoluído não dedicar, a menos que tenha algum impedimento grave, um tempo apreciável para a oração cotidiana, que os pais deveriam ser os primeiros mestres a ensinar seus filhos a rezar, que o apostolado consiste em ensinar a arte de respirar, quero dizer de rezar a todos estes asfixiados que nos rodeiam?
Estarão as equipes de Nossa Senhora à altura da situação, nesta Igreja pó- conciliar, que vê como se afundam tantas Instituições antigas e surgem, apesar de modestamente, iniciativas ricas em vitalidade espiritual?

Fonte: Livro “CENTELHAS DE SUA MENSAGEM” – Pe. Caffarel

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

LIMITES (A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS)

Limites

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores...
...e com o esforço de abolirmos os abusos do passado...
...somos os pais mais dedicados e compreensivos
mas, por outro lado...
...os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca!
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais...
... e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais....
...e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais...
E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E, o que é pior...
...os últimos que respeitamos nossos pais...
...e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical...
...para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo...
...hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.
E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas ideias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.
E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer ; os papéis se inverteram.
Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado.
Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo”
a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem.
.....
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais...
...a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo...
aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes
capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter...
... e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os...
...e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.
Os limites abrigam o indivíduo.

Com amor ilimitado e profundo respeito.

Texto
Mônica Monastério
( Madrid-Espanha ).
tealotus3@yahoo.com.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO DE 20 ANOS DE SACERDÓCIO


 Há 20 anos passados escolhi essa frase de Jesus do evangelho de Sao João, 17,24 - Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me destes. Tão feliz pelo meu sacerdócio ... rendo graças diárias a Deus por me dar a força necessária para continuar feliz, alegre e realizado do meu sacerdócio... Mas não me esqueço de todos que rezam pela minha perseverança e santificação. Ave Maria cheia de graça o Senhor é convosco, Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Obrigado nosso Deus e Pai ... Obrigado Maria, nossa Rainha e Mãe.
PARTICIPE COMIGO DESSA ALEGRIA HOJE AS 19H NA IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM CAPÃO BONITO ... espero por voce ...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

OCUPE O RIO DE JANEIRO: EVENTO DE JOVENS CATÓLICOS SERÁ O MAIOR EVENTO DA HISTÓRIA DA CIDADE

Ocupe o Rio de Janeiro: encontro de jovens católicos será o maior evento da história da cidade
Cristo Redentor deverá ficar aberto em regime de 24 horas durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, logo depois da Copa das Confederações
João Marcello Erthal e Cecília Ritto

         Papa Bento 16 durante a Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica, na Espanha - 21/08/2011 (Susana Vera/Reuters)

           Na terça-feira, será anunciada a logomarca da Jornada Mundial da Juventude, em uma solenidade com 100 bispos de todo o Brasil. Na véspera, o Cristo Redentor será iluminado com as cores de 150 países esperados para partiripar do grande encontro
Fora dos círculos da Igreja, pouca gente se deu conta de que, dentro de um ano e meio, o Rio de Janeiro terá o que promete ser o maior evento de sua história, entre 23 e 28 de julho de 2013. A cidade será o centro mundial da peregrinação de católicos, a Jornada Mundial da Juventude, que, em 2011, levou 2 milhões de pessoas a Madri. O evento vai muito além da complexidade de uma visita do papa Bento XVI. A estimativa oficial e de que o público seja equivalente ao da edição espanhola, mas como explica monsenhor Joel Portela, coordenador da jornada pela Arquidiocese do Rio, trata-se de um acontecimento que “não fecha portas”, e é possível e provável que muita gente decida participar de última hora. Tudo isso dez dias depois do encerramento da Copa das Confederações no Brasil.

        Para se ter uma ideia do que esse público representa, vale a comparação: 2 milhões de pessoas é o que tradicionalmente reúne o réveillon da Praia de Copacabana, com a diferença de que há um fluxo que se concentra entre a noite de um dia e a madrugada de outro. Na jornada, os participantes ficarão reunidos em grupos espalhados pela cidade e, no ponto alto do evento, uma vigília com missa celebrada pelo papa Bento XVI, um grupo estimado em 1 milhão vai pernoitar em um grande espaço – ainda não escolhido.

        “Planejar a Jornada Mundial da Juventude envolve uma equação complexa. Estamos no momento trabalhando em um levantamento de áreas da cidade com capacidade para hospedagem, disponibilidade de espaço para os eventos da semana e atendimento de transporte público”, explica Portela.

         Nada se compara à jornada criada por João Paulo II, o Papa dos jovens, em 1986. Para a Rio+20, que acontece em junho deste ano, são esperadas 50 mil pessoas. O Rock in Rio de 2011 recebeu, na Cidade do Rock, cerca de 700 mil pessoas por dia – com alto índice de pagantes que foram a mais de uma noite de show. A Copa do Mundo de 2014 deve levar ao Rio 412 mil estrangeiros, e 840 mil brasileiros, segundo estimativa do Ministério do Turismo. O carnaval deste ano deve atrair 850 mil turistas – 250 mil deles vindos de outros países.

      “Não são eventos comparáveis. A Jornada Mundial da Juventude é única em sua capilaridade. Não é centralizada, acontece em muitos pontos ao mesmo tempo, e cobre a cidade inteira. Nenhum evento jamais reuniu ou vai reunir tanta gente em lugares espalhados como a jornada. Se há alguma semelhança, é com o carnaval de rua, que também movimenta a cidade inteira. Mas sem dúvida é um evento de características únicas”, compara Duda Magalhães, diretor-geral da Dream Factory, contratada pelo Instituto JMJ – figura jurídica criada pela Arquidiocese e presidida pelo arcebispo Dom Orani Tempesta. A empresa é também a organizadora do carnaval de rua carioca e participou do Rock in Rio.

        Cristo Redentor – Alguns dos acontecimentos previstos para julho de 2013 só são possíveis por tratar-se de um evento católico. E um deles promete marcar época: o Cristo Redentor deverá ficar aberto 24 horas, para evitar o risco de um peregrino vir ao Rio e não conhecer o Cristo – algo tão ou mais grave que ir a Roma e não ver o Papa. “Sabemos que a procura será grande, por estrangeiros e brasileiros. Por isso estudamos também uma limitação de tempo para as visitas”, explica monsenhor Joel Portela.

           A ideia da Igreja é tentar dispersar os turistas. A arquidiocese do Rio já tem informação sobre a vinda de cerca de 8 mil franceses e 20 mil norte-americanos. A maratona católica começará em uma terça-feira e terá o encerramento do domingo. O papa chega na quarta e é a partir desse dia que começa a aterrissagem mais intensa de estrangeiros. Para não haver aglomeração, eles serão separados por nacionalidade. Escolas, paróquias e ginásios poderão servir de abrigo. Além da hospedagem, a catequese, com até mil pessoas, será feita nesses locais, reduzindo deslocamentos.

         A Jornada deve atrair uma quantidade maior do que a usual de sul-americanos. No continente, só a Argentina recebeu o encontro, em 1987. Com a crise europeia, o peso dos turistas vindos do Cone Sul deverá ser maior, assim como ocorrerá no carnaval deste ano no Rio de Janeiro. Uma das regras da jornada é que ela seja realizada um ano na Europa e no outro em algum país de fora. O recorde de fieis em uma JMJ aconteceu em 1995, nas Filipinas.

         Cada jornada tem características especiais próprias, mas há um roteiro relativamente consolidado. Os momentos em que todos os participantes se encontram são nos chamados atos centrais, com a presença do papa. Estão incluídos aí a abertura, a vigília, a via sacra e o encerramento. No Rio, serão conhecidos estes pontos dentro de dois meses. Enquanto isso, a Igreja atua em outras frentes como a arregimentação de voluntários – na quinta-feira foi atingida a marca de 5 mil inscritos em todo o Brasil. Em Madri, o voluntariado chegou a 28 mil pessoas.

          A ordem é para que o custo da organização não ultrapasse os limites da jornada anterior, de Madri. Ou seja, não é pertinente gastar mais do que 50 milhões de euros. Na Espanha, o peregrino pagou 160 euros para participar do esquema da JMJ. Ainda não se sabe quanto deverá ser desembolsado pelo fiel no Brasil. Uma das novidades deste ano será a tentativa de atrair jovens não católicos para o encontro. Isso começou de forma sutil em Madri, mas a expectativa é de que se amplie no Rio, onde o lema da jornada será “ide e fazei discípulos em todas as nações”. “Queremos deixar um legado humano e social”, diz monsenhor Joel Portela. Um dos projetos para o fim da JMJ é a construção de sete a 14 centros de recuperação de dependentes químicos em regiões brasileiras ainda carentes nesse tipo de tratamento. “A principal lacuna hoje é no investimento em ressocialização, com formação profissional e estudo dos dependentes”, afirma Portela.

      Números de Madri - Dos católicos presentes da JMJ da Espanha, 36,4% eram estrangeiros de 189 países. Um grupo de 130.691 pessoas prolongou a estada no país. Estiveram presentes 840 bispos e cardeais no evento. A jornada injetou 354,3 milhões de euros no país, criou 4.589 empregos, sendo 2.894 em Madri.

       Para organizar o megaevento, o 7º andar da arquidiocese do Rio se transformou na central da JMJ. A preparação é muito semelhante à dos grandes eventos esportivos. A cidade tem que ser escolhida entre candidatas para sediar o encontro. Após vencer a disputa, começa a preparação, que é feita pelo pontifício conselho de Roma e pelo comitê organizador local (COL) – algo próximo do que ocorre com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Padres de Roma desembarcarão no Rio nos últimos dias de fevereiro para averiguar o andamento dos trabalhos, assim como o COI tem feito.
        E, assim como nos jogos, há uma série de eventos intermediários. Na terça-feira, será anunciada a logomarca da Jornada Mundial da Juventude, em uma solenidade com 100 bispos de todo o Brasil. Na véspera, o Cristo Redentor será iluminado com as cores de 150 países esperados para partiripar do grande encontro. Depois que for apresentado o símbolo, a estátua ficará verde e amarela. Afinal, o Redentor é brasileiro.

Fonte: Revista VEJA.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO: AMEMOS DEUS NA ORAÇÃO.

Amigos irmãos amados, acordamos mais um dia para nosso encontro de agradecimento e petição a Deus. O que significa não sentir nada na oração ou até sentir uma aversão à oração?
Qualquer pessoa que ora tem experiências com a distração na oração, o sentimento de vazio interior, a aridez e mesmo a aversão à oração. Perseverar na fidelidade já é também oração.
Até Santa Teresinha do Menino Jesus passou muito tempo sem sentir o amor de Deus. Pouco antes de sua morte, foi visitada pela sua irmã Celina. Ela viu que Teresa tinha entrelaçado as mãos. “Que fazes? Devias tentar dormir.”, julgava Celina. “Não consigo. Estou a sofrer muito. Mas estou a orar”, respondeu Teresa. “E que dizes a Jesus?” – “Não lhe digo nada, AMO-O.”
AMEMOS DEUS NA ORAÇAO. DEUS DERRAME BENÇÃOS SOBRE VOCES.
Padre Élcio Antonio - Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 12.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO - A PUREZA DO CORAÇÃO

Amados amigos, irmãos. estamos vencendo com Jesus e Maria mais uma semana. Pensamos como se chega à pureza do coração?
A pureza do coração, necessária para o amor, atinge-se, em primeiro lugar, pela união com Deus, na oração. Quando a graça de Deus nos toca, surge um caminho para o amor humano puro e indiviso. Uma pessoa casta pode amar com um coração sincero e inteiro.
Quando nos dedicamos a Deus com intuito puro. Ele transforma o nosso coração. Ele nos dá a força para corresponder à Sua vontade e para afastar pensamentos, fantasias e desejos impuros. YOUCAT 463
Meditemos sobre isso pelo fato de estarmos conectados com o mundo virtual e muitas informações chegam para nos afastar da fonte da pureza.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus! (Mt 5,8) Continuemos sempre unidos com a benção de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.
Padre Élcio Antonio - SCE da Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO: ADORAÇÃO DIÁRIA

É muito bom partilhar com todos voces pensamentos de irmãos nossos que viveram Jesus na vida, Madre Teresa de Calcutá disse o seguinte: "Temos muito trabalho. Por todo lado, estão cheios os nossos hospitais e as nossas casas mortuárias. Quando começamos com a adoração diária, o nosso amor a Cristo tornou-se mais íntimo, o nosso amor uns aos outros mais compreensivo, o nosso amos aos pobres mais compassivo e o número das vocações duplicou". E agora estou indo pra nossa Missa. Dia de Adoraçao na Paróquia. Benção pra mim, benção pra voces, pois estão mais um dia no Altar do Senhor Jesus comigo, Por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Padre Élcio Antônio - SCE da Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO: ADESÃO À JESUS E À IGREJA


"Sempre mantém-vos unido a Santa Igreja Católica, porque somente ela pode salvar-vos, porque somente ela possui a Jesus Sacramentado, que é o verdadeiro Príncipe da Paz. Fora da Igreja Católica, não há salvação, ela vos dá o batismo, o perdão dos pecados, o Corpo, o Sangue, a Alma, e a Divindade de Jesus Cristo, concedendo-vos por tanto a vida eterna; e todos os santos sacramentos para levar uma vida de santidade." Santo Pio de Pietrelcina.
Esse pensamento de São Pio faz com que iniciemos essa segunda-feira pensando na nossa adesão a Jesus e a Igreja. Pela intercessao de Nossa Mãe Santíssima, Deus derrame bençãos em sua familia, seus passos e empreendimentos.
Padre Élcio Antônio - SCE da Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo
Pelo "sinal da cruz " colocamo-nos sob a proteção do Deus Trino.
No começo do dia, de uma oração e também tarefas importantes, o cristão coloca-se sob o "sinal da cruz " e inicia a sua ação em "nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo ", A invocação nominal do Deus Trino, por quem estamos cercados de todos os lados, santifica as coisas que empreendemos: ela concede-nos a Benção e fortalece-nos nas dificuldades e nas tentaçoes. (YOUCAT 360).
Pois assim eu peço que após ter lido, antes de voce continuar seu dia, trace sobre voce esse sinal, pela intercessão poderosa de Maria Santíssima, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

A MEDITAÇÃO DO NOSSO CONSELHEIRO:O QUE SIGNIFICA O "SINAL DA CRUZ"?

Pelo "sinal da cruz " colocamo-nos sob a proteção do Deus Trino.
No começo do dia, de uma oração e também tarefas importantes, o cristão coloca-se sob o "sinal da cruz " e inicia a sua ação em "nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo ", A invocação nominal do Deus Trino, por quem estamos cercados de todos os lados, santifica as coisas que empreendemos: ela concede-nos a Benção e fortalece-nos nas dificuldades e nas tentaçoes. (YOUCAT 360).
Pois assim eu peço que após ter lido, antes de voce continuar seu dia, trace sobre voce esse sinal, pela intercessão poderosa de Maria Santíssima, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Padre Élcio Antônio - SCE da Equipe 12 - Nossa Senhora do Carmo

PAULO VI FALA-NOS DE SATANÁS

No dia 29 de junho de 197, Paulo VI falara explicitamente do demônio. As frases tinham sido fortes: "Tenho a sensação de que o fumo de Satanás entrou no templo de Deus através de alguma fenda". O Papa não hesitou em identificar esta força negativa que queria os frutos do Concílio: o seu nome é "diabo".
O discurso provocou quase um escândalo na imprensa internacional. Falar do diabo, hoje - apressaram-se em dizer os jornalistas -, é querer voltar à Idade Média. E, na sua ignorância, não perceberam que se trata de um retorno a tempos muito anteriores, ao Evangelho, à história bíblica, a Adão e Eva! Alguns meses depois, em 15 de novembro do mesmo ano, durante uma audiência geral, considerou necessário voltar ao tema, clara e exaustivamente, em que resume todo o ensino bíblico e eclesiástico sobre a matéria. Transcrevemos o discurso, a partir de uma gravação. Antes já tínhamos reproduzido o conteúdo, com as variantes publicadas no L'Osservatore Romano.
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"Veio-me a idéia de vos falar de um tema estranho que, no entanto, está dentro da lógica de ensinamento que estamos desenvolvendo nestas audiências pastorais.
De que falamos? Falamos das necessidades da Igreja. E uma destas necessidades que, nesta manhã, ocupa a minha atenção é esta estranha e difícil defesa. Um pensamento de defesa que me persegue. De quem? São Paulo diz que devemos lutar. Já sabíamos; mas contra quem? São Paulo falou, muitas vezes precisamente, que devemos lutar e lutar como soldados. Portanto, não devemos lutar com as coisas visíveis, om a carne e com o sangue, diz ele. Mas temos que fazer uma luta, a que chamo 'a luta contra a escuridão'. Devemos lutar contra os espíritos que invadem a atmosfera.
Em outras palavras, devemos lutar contra o demônio. Quase ninguém pensa nele. Eu, pelo contrário, queria, pelo menos desta vez, fixar o pensamento sobre este tema terrível e inevitável. Temos de lutar contra este inimigo invisível, que arma ciladas à nossa vida e do qual devemos nos defender.
Entretanto, por que é que já não se fala dele? Já não se fala dele porque não é uma experiência visível? Crê-se que não existem as coisas que não se vêem. Mas lutamos com o mal. E o que é o mal? O mal é uma deficiência, é uma falta. Uma pessoa está mal; falta-lhe a saúde. Alguém é pobre; falta-lhe dinheiro. E assim por diante.
Aqui as coisas mudam: já não temos diante de nós uma deficiência, uma mal deficiente. Temos à nossa frente, uma mal eficiente, um mal existente, um mal que é pessoa, um mal que não podemos qualificar, de degradação do bem; é uma afirmação do mal. E isto nos dá medo; e devemos ter medo.
Sai do contexto dos ensinamentos bíblico e eclesiástico quem se recusa a conhecer que esta terrível realidade existe. É misteriosa e pavorosa. E se alguém diz: "Eu não penso nisso" - "Você não pensa com o Evangelho". Por quê? Porque o Evangelho está cheio, diria, está povoado, da presença do demônio. E se eu quero colocá-los num ambiente, numa atmosfera, numa mentalidade evangélica, devo, pelo menos, sentir esta misteriosa presença. Então, não conseguirei identificá-la; não quero fazer fantasias nem empurrar as pessoas para a superstição, etc. Mas esta é a realidade. E o Evangelho fala-nos disso, repito, em muitas e muitas páginas. Eis, então, a importância que assume o conhecimento do mal para a nossa correta concepção cristã do mundo, da vida e da Salvação.
Foi o próprio Cristo quem nos mostrou essa importância. E quantas vezes? Primeiro, no desenvolvimento da história bíblica; no início da Sua vida pública, o Senhor quis travar a batalha, declarando-a; e teve aquelas famosas três tentações. Uma das páginas mais misteriosas do Evangelho, e tão rica de significado: As três tentações de Cristo. Um grande romancista russo, de quem todos vós já ouvimos falar, Dostoievsky, numa das suas obras-primas, faz uma catequese, diria, sobre as três tentações de Cristo.
O que quer dizer Cristo se encontrar com a fome? Todo o materialismo moderno está ali. Cristo encontra-se com a tentação espiritual: 'Lança-te da janela e serás salvo porque és Filho de Deus; os anjos de ajudarão.' A presunção espiritual. E, depois, o orgulho: 'Olha o panorama do mundo; se me agradares, eu faço-te chefe do mundo'.

E Jesus que repele: 'Vade retro, Satanás!' E, depois, vêm os anjos alimentá-Lo e assistir-Lhe. É, realmente, de desnortear! Até a própria exegese deste trecho bíblico e espantosa. E porque não recordar que é Cristo que, por três vezes, o define? Referindo-se ao demônio como seu adversário, qualifica-o: 'Príncipe deste mundo'. Há também quem o chame: "Dono, patrão do mundo".
Quem é o dono do mundo? Jesus diz: "Príncipe do mundo é o diabo". Estamos todos sob uma dominação obscura que nos perturba, nos tenta, que nos torna doentes, nos torna hesitantes e maus, etc. E, depois, se olharmos para muitas cenas evangélicas: há um endemoniado aqui, há um endemoniado acolá; Jesus cura este e cura aquele, etc.
São Paulo, depois, porque faz eco ao Evangelho, chama-o, numa página da Segunda Carta aos Coríntios "o deus do mundo". Quem já, alguma vez, teria pensado em poder qualificá-lo com o título supremo do ser: de deus? Podemos encontrar na boca do Apóstolo este título referido ao demônio: "o deus do mundo". E depois... é o próprio São Paulo quem nos avisa e previne daquilo que antes disse. Que também devemos combater com os espíritos, sem saber onde são, como são, etc. Mas, depois, ensina-nos como se deve fazer a terapia, a defesa, mesmo contra este gênero de adversários. Não digo de outros para não me delongar; mas deveríamos, realmente, procurar em toda a literatura cristã.
Na liturgia, não vemos falar do demônio a todo o momento? O Batismo: agora, encurtaram os exorcismos; não sei se foi coisa muito realista e muito acertada (Repare este público e evidente desapontamento do Papa, com quem certamente concordam todos os exorcistas), mas não foi esquecido.
O Batismo é o primeiro ato da providência do Senhor, com que se afasta este inimigo mortal, que é inimigo do homem, Satanás. Por quê? Porque, desde a queda de Adão, precisamente nas origens, na primeira origem do homem, o demônio conquistou um certo domínio sobre o homem, de que somente a redenção de Cristo pode nos livrar. Esta história perdura ainda hoje, porque o pecado original é uma herança que se propaga, não por culpa ou acidente, mas precisamente, por geração.
Ter nascido, quer dizer, estar nos braços do demônio e não nos braços de Deus. O Batismo resgata-nos dessa escravidão, fazendo-nos livres e filhos de Deus. Por isso o demônio é o inimigo número um.
E qual é a sua arte? A de tentar, a de se aproveitar de nós, mesmo contra nós. É o inimigo, o tentador por excelência.
Deste modo, sabemos que este ser obscuro e perturbador existe, realmente, e que age com uma astúcia traiçoeira. É o inimigo oculto que semeia os erros, as desgraças, as decadências e as degradações na história humana. Vamos recordar - isto também é o Evangelho genuíno - a parábola reveladora do joio semeado no trigo. Os servidores do campo, os cultivadores, admiram-se: 'Mas quem semeou o mal no mundo?'. O dono do campo, que é a figura de Deus, responde: Inimicus homo hoc fecit - Foi o homem inimigo que fez isto.
O mal semeado no mundo tem uma origem pessoal e intencional. É Deus que tolera e que, até, quase protege esta situação: 'Não arranqueis o joio para que, ao arrancar o joio, não arranqueis também o trigo. Um dia virá, o último dia, em que se fará esta distinção e este juízo será definitivo'.
E chama-lhe, agora, "o homicida deste o princípio", chama-lhe "o pai da mentira". É o insidiador sofístico do equilíbrio moral do homem. Ele é o pérfido e astuto encantador, que sabe insinuar-se em nós, na minha psicologia e na de cada um; encontrar a porta aberta por onde entra: pela via dos sentidos, da fantasia, da concupiscência - a que hoje chamamos incentivo, não é? -, da lógica utópica e dos contatos sociais desordenados: os maus companheiros, as más idéias do mundo. Insinua-se no jogo da nossa ação para, nele, introduzir desvios tão nocivos quanto aparentemente de acordo - é a insídia da tentação - com as estruturas físicas ou psíquicas ou instintivas, profundas e inspiradoras da nossa personalidade. Aproveita-se da nossa estrutura para se insinuar nesta nossa psicologia.
O tema que trata do demônio e da influência que ele pode exercer sobre cada pessoa, sobre a comunidade, sobre as sociedades inteiras ou sobre os acontecimentos é um capítulo muito importante da doutrina católica, que deveria ser estudado novamente, porque hoje pouco o é. Alguns pensam que encontram nos estudos psicanalíticos ou psiquiátricos ou nas sessões espíritas, uma compensação para definir alguma coisa deste mistério do diabo. Teme-se cair - alguns, pelo contrário, mostram-se sem preconceitos - em velhas teorias maniqueístas, isto é, que tinham o duplo princípio: Deus ou o demônio; ou em temerosas divagações fantásticas e supersticiosas.
É fácil, sim. Hoje, as pessoas preferem se mostrar fortes, sem preconceitos; armar-se em positivistas, em pessoas concretas. E, contudo, depois acreditam em tantas extravagâncias mágicas gratuitas e populares, em superstições: "Deus me livre do número treze! Ai de quem fizer isto!" E por que não? Acredita-se piamente nestas entidades imaginárias, observando-as de maneira escrupulosa, exagerada e quase ridícula. E, quando o Senhor diz: "Olha que não é nada disso!", ninguém acredita.
A nossa doutrina, quando queremos falar do diabo, torna-se incerta; quando queremos falar de nós tentados pelo diabo, então, torna-se mais que certa. A nossa curiosidade é excitada pela certeza da existência múltipla. Também isto: não existe apenas um diabo. Lembremo-nos do endemoniado de Gerasa: "Como te chamas? Chamo-me legião", que quer dizer exército; um exército de demônios tinha invadido aquele infeliz que Cristo libertou; os demônios arremessaram-se para uma grande vara de porcos e lançaram-se no lago de Genesaré, com grande desespero dos pobres guardadores.
E, agora, a resposta a duas perguntas. A primeira: "Há sinais? Sinais da presença diabólica e quais são?". E a segunda pergunta: "Quais são os meios de defesa contra um perigo tão insidioso?".
A resposta à primeira pergunta impõe muita cautela. Quais são os sinais? Embora os sinais do Maligno se pareçam a alguns, mesmo entre os padres. Tertuliano, por exemplo, afirma: 'É evidente que o demônio existe!'. Feliz dele que tinha olhos tão sagazes! -, poderemos pressupor a sua ação sinistra onde a negação de Deus se torna radical! Aqui está o inimigo, porque em vez de sermos levados a Deus, encontramo-nos diante de uma negação radical, sutil e filosófica. Uma negação radical! Ouviu falar da morte de Deus? Quem pode ter inventado tal coisa?
E, depois, onde se afirma a mentira hipócrita e poderosa contra a verdade evidente? Onde o amor se extinguiu, onde existe egoísmo frio e cruel: por detrás disso deve haver o dedo do diabo. Onde o nome de Jesus é impugnado com ódio consciente e rebelde... São Paulo diz: Quem nega Jesus Cristo: anathema sit - seja condenado. A condenação dirige-se ao inimigo que está por trás do homem negador. É onde o espírito do Evangelho é mistificado e desmentido; e onde o desespero se afirma como a última palavra. É a vitória do diabo.
Mas é um diagnóstico demasiado amplo e difícil este, que agora não ousamos aprofundar e autenticar; e tem um interesse dramático para todos, inclusive para a literatura moderna que lhe dedicou páginas famosas. Existe uma literatura inteira sobre o diabo, de grandes romancista, de grandes escritores. Alguns para o engrandecimento e outros, pelo contrário, para descobrirem a si próprios mediante um diagnóstico mais sutil e profundo.
Um dos autores que escreveu sobre este tema, com tanta sabedoria, tornou-se um dos primeiros literatos do nosso tempo: G. Bernanos. Autor de "Sous lê soleil de Satan" (Sob o sol de Satã) e tantos outros livros que falam, precisamente, da fenomenologia do demônio nas almas e de como ele sabe precisamente dissolver, desintegrar. O tema não se limita aos sonhos, às histórias de entretenimento ou à fantasia. Eles procuram identificar alguma coisa na paleta da psicologia humana, alguma marca do diabo, do demônio.
Sabemos, escreve o evangelista João, que nascemos de Deus, sim; mas que todo o mundo totus in maligno positus, está posto sob o domínio do mal, do Maligno: é uma pessoa. E isto é o que se pode dizer sobre a primeira pergunta: como identificar o mal?
Vigilate ot orate ut non intretis in tentationem (Vigiai e orai para qu enão entreis em tentação).
A outra pergunta: que defesas poderei desenvolver para opor a minha alma, a minha integridade à ação do demônio? É a resposta mais fácil de formular, embora seja difícil pô-la em prática. Poderíamos dizer: tudo o que nos defende do pecado também, por isso mesmo, nos abriga do inimigo invisível.

A graça é a defesa decisiva. Mas eis que, atualmente, tem caído a frequência aos Sacramentos, especialmente ao da penitência. É um grande perigo, porque deixamos de ter graça suficiente para nos opormos ao invasor que nos assedia. A inocência assume o aspecto de grande fortaleza. Uma criança é mais forte do que nós diante do diabo, porque é inocente. E, depois, todos se lembram de como a pedagogia apostólica tinha simbolizado na armadura de um soldado as virtudes que podem tornar um cristão invulnerável. São Paulo descreve toda a armadura romana: leva o capacete da salvação, leva a couraça, leva a espada, etc. Porque as defesas, para ser fortes, são múltiplas. E, por vezes, o cristão deve ser vigilante e forte; e, para ser militante, deve recorrer a algum exercício ascético especial para afastar certas incursões diabólicas. Isto também nos ensina sobre Jesus, que diz, diante dos Apóstolos que não tinham conseguido expulsar um demônio: 'Este demônio só pode ser expulso com a oração e com o jejum'.
Eis alguns meios com os quais se podem vencer muitas vezes, certas situações de assédio do inimigo. E o Apóstolo sugere a linha-mestra: 'Não vos deixeis vencer pelo mal', e 'Vence o mal com o bem'.
Por isso, com a consciência das adversidades presentes em que se encontram, hoje, as almas, a Igreja, o mundo, procuremos dar sentido e eficácia à conhecida invocação da nossa oração principal: o "Pai-Nosso".
Papa Paulo VI
*Itálicos originais. Sublinhos nossos.
Pe. Gabrielle Amorth, Novos Relatos de Um Exorcista.
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